É comum ouvirmos idosos reclamando da perda de memória. O bom sinal é que, na maioria dos casos, não significa que ele esteja com Alzheimer, embora seja um dos sinais da doença.
Envelhecer é ter mudanças significativas no organismo, incluindo o cérebro. As mudanças de ordem fisiológica podem afetar áreas como: o hipocampo, os hormônios e o fluxo sanguíneo.
O hipocampo é uma região cerebral que se encarrega de formar e recuperar memórias e, com o passar dos anos, a atividade começa a ter perdas. Os hormônicos, responsáveis pela proteção e restauração do crescimento celular, passam a ter perdas significativas. O fluxo sanguíneo também é afetado, prejudicando a memória.
Muito associada a doença de Alzheimer, a perda da memória pode, como dissemos no início do texto, não representar sinais da doença. Vejamos a seguir a diferenciação de uma perda de memória ocasionada pelo avançar da idade e a perda da memória como sinal de Alzheimer:

Esquecimento devido à idade:
1.Perder algo, porém lembrar-se de onde estava após a pausa para um raciocínio lógico sobre a situação.
2. Confundir-se sobre o dia da semana, mas retomar a lembrança após um tempo refletindo.
3. Esquecer-se de uma palavra usual em determinado contexto.
4. Mesmo com limitações de movimento, conseguir manter as funções básicas como asseio pessoal, vestir-se e fazer as refeições sem ajuda.
5. Conseguir seguir orientações simples verbais e escritas.
6. Ter uma memória mais vaga, porém retomar acontecimentos.

Esquecimento associado a sintomas de Alzheimer:
1. Não conseguir fazer a pausa retrativa da ação para relembra onde colocou determinado objeto.
2. Não saber datas e ano em que estamos e não conseguir retomar a lembrança após uma pausa para reflexão.
3. Não conseguir estabelecer um diálogo lógico e esquecer-se do que foi dito a minutos atrás.
4. Não ter autonomia para tarefas básicas e rotineiras.
5. Perder, de forma progressiva, a capacidade de interpretação de orientações.
6. Não conseguir resgatar parte ou totalidade de um acontecimento.

Sugerimos, a seguir, alguns jogos / atividades que podem auxiliar na preservação da memória:

– Jogo dos erros: observar semelhanças e diferenças em imagens, desenvolve a capacidade de análise, a percepção visual, a paciência e a atenção.
– Sudoku: um jogo de paciência, que estimula o raciocínio lógico, incentivando operações matemáticas simples. É possível jogar online, inclusive, clicando sobre o link SUDOKU
– Palavras Cruzadas: desenvolve a atenção, paciência, quanto mais o cérebro recebe novas informações, mais novos desafios ele quer receber.
– Dominó: por estimular o raciocínio lógico, desenvolve a memória por despertar a concentração, a percepção visual e o convívio social (nos dias atuais, limitada!)
– Teatro ou Dança: além de trabalhar os movimentos corporais, acelera o campo cerebral responsável pela memória, uma vez que será necessário decorar falas ou sequencias, além de estimular a autonomia, a relação interpessoal.
– Ensinar algo a alguém ou algum grupo: retomar capacidades cognitivas, retomar conhecimentos, estruturar como será ensinado ao outro. Ativa a memória e as recordações, desenvolve a autonomia e a autoconfiança.
Não é difícil estimular a memória e colocá-la em ação! Escolha alguma atividade que lhe dê prazer e comece agora mesmo a colocar a memória em prática!

Pensando em tudo isso desenvolvemos um programa, o P.A.G, (PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DO GERONTÓLOGO). Trata-se do desenvolvimento exclusivo de exercícios mentais, jogos e músicas que visam estimular a cognição. Nosso programa funciona da seguinte forma: primeiro, fazemos uma avaliação do quadro e, assim, nossos profissionais poderão entender como está o ânimo e cognição do seu familiar, se está triste, feliz, que o estimula e como ele se vê hoje em dia. Com base nisso, montamos um plano de acompanhamento para ajudá-lo! Depois lhe passamos nossas impressões a você e iniciamos o trabalho de acompanhamento!

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