Uma nova descoberta da ciência pode trazer esperança para pacientes com Alzheimer.
Ainda é muito cedo para esperar um tratamento efetivo, mas animador. Veja:
Um estudo de uma equipe da Universidade de Boston publicado na Nature Neuroscience (jornal referência na publicação de artigos científicos), apresentou resultados promissores na recuperação da memória de curto prazo em pessoas com mais de 65 anos.
Segundo os pesquisadores, ao estimular duas partes do nosso cérebro conhecidas por armazenar informações com correntes elétricas não invasivas, os pacientes demonstraram uma recuperação considerável na memória de curto prazo.
E quando eles afirmam ser de curto prazo, significa tudo o que ocorre em até 1 hora atrás.
A memória de curto prazo são aquelas coisas que esquecemos rapidamente. Como algo que íamos falar, onde deixamos as chaves de casa e pequenas lembranças.
O estudo foi baseado na repetição de uma lista de palavras em questão de minutos. A maioria dos pacientes ao ler a lista pela primeira vez, não lembravam da maioria das palavras na sequência, mas neste estudo, após receber um estímulo cerebral conseguiram apresentar melhoras.
Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Charles E. Schmidt da Universidade Atlântica da Flórida, apontou que o estudo “fornece evidências importantes de que estimular o cérebro com pequenas quantidades de corrente elétrica é seguro e também pode melhorar a memória”.
De certa forma, essas ondas elétricas podem causar uma imitação ou alterar as ondas cerebrais, possibilitando o crescimento ou alteração da rede neural do cérebro.
Infelizmente, ainda não se sabe se esta melhora se estenderia para ações do cotidiano ou qual o grau de alcance na recuperação de lembranças, mas certamente, é um bom avanço para continuar investigando.
Para Rudy Tanzi, professor de neurologia da Escola de Medicina de Harvard, mesmo apresentando melhor desempenho em pessoas com comprometimento cognitivo leve, “esta descoberta preliminar, mas promissora, garante mais exploração do uso de abordagens bioeletrônicas para distúrbios como a doença de Alzheimer”.
A ciência vem mudando suas considerações sobre nosso cérebro.
Afinal, se trata do órgão mais difícil de desvendar.
Pesquisas como estas nos dão esperança para crer que um dia doenças neurológicas terão um tratamento mais eficiente e, quem sabe, uma cura.
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