Hoje o assunto é muito sério. E um tanto desagradável.
Vamos falar sobre preconceito.
Acompanhe essa pauta, pertinente a toda a sociedade.
“A morte por causas naturais, conforme registrada por médicos legistas e em certidões de óbito e documentos associados, é a morte resultante de uma doença ou um mau funcionamento interno do corpo, não causado diretamente por forças externas, geralmente devido à idade avançada.”.
A definição acima é a comumente dada para “morte natural”.
Note que existe uma óbvia tentativa de unir palavras como doença e velhice com o mesmo sentido.
Isso não condiz com a realidade.
Trata-se mais de um caso de preconceito arraigado do que uma definição científica.
Em 2019, uma decisão da Assembleia Mundial da Saúde quase passou desapercebida.
Nem a sociedade civil nem o mundo acadêmico se deram conta, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) estava propondo, uma revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID) trocando o código SENILIDADE por VELHICE.
A confusão é antiga, mas foi a morte do Duque de Edimburgo, em abril de 2021, que chamou atenção para a proposta da OMS.
O médico real colocou como causa de morte “velhice”, muito embora o marido da rainha da Inglaterra tivesse um problema cardíaco grave havia anos.
Se um médico tão bem informado o fizera, imagine o que outros viriam a fazer por ignorância, desinteresse ou preconceito?
A nova CID entraria em vigor no início de 2022.
Havia pouco tempo para tentar reverter a decisão da OMS.
Um grupo de acadêmicos e representantes da sociedade civil iniciou uma articulação com o intuito de mover uma objeção formal à mudança proposta pela OMS.
Houve manifestações de especialistas em todo o mundo, mas o Brasil teve os protestos mais contundentes.
A OMS desistiu da mudança e o termo VELHICE foi descartado como sinônimo de doença!
O Idadismo é prevalente e arraigado.
A conquista e a defesa dos direitos das pessoas idosas, indispensáveis.
O Coletivo Velhices Cidadãs, para dar ainda mais voz ao movimento Velhice Não é Doença – formada por empresas, eventos, comércio, produtos e serviços em geral, amigos dos mais velhos – percebeu a necessidade e a urgência de manter ativa a luta contra o Idadismo.
Por uma longevidade saudável, ativa e inclusiva, para as inúmeras formas de velhices que são delineadas por diferentes realidades.
É por isso que a LifeStars Cuidadores também luta.
Essa também é uma das nossas principais bandeiras.
Velhice jamais pode ser sinônimo de doença!
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